Gostamos muito dela por isso partilhamos com as nossas visitas e em casa com os pais podemos ver outra vez.
o ouriço-cacheiro
apaixonou-se pela pedra verde
que à beira do rio apareceu.
Andava contente, o ouriço
Acordava a cantar
e todo o dia pensava na hora
apreciada de ir namorar.
Enquanto procurava comida
enquanto limpava a sua toca
escolhia prendas para levar,
lembrava-se de histórias para contar.
Antes de se encontrar com ela,
observava o reflexo da sua imagem
nas águas transparentes do rio.
Os peixes vermelhos,
acenavam em sinal de aprovação:
- Podes ir, ela espera-te ansiosa.
Um dia a pedra caiu ao rio.
O ouriço-cacheiro enrolou-se todo
formou uma bola, rebolou
e atirou-se à água.
Aprendeu a mergulhar ali mesmo
naquele momento.
E sem ninguém o ensinar
nadou até junto da sua pedra
- Vou tirar-te daí, não fiques aflita,
só preciso de respirar, não demoro.
Nadou até à superfície
e encheu o corpo de ar.
O vagaroso ouriço
estava agora veloz como o vento.
Desceu até ao fundo e
pediu ajuda a um bando
de cavalos-marinhos
Sentia-se pesado, custava-lhe subir...
Os seus espinhos rígidos e eriçados
Estavam agora moles e descaídos.
Esforçou-se muito
esforçou-se ainda muito mais.
Quando conseguiu sair do rio
colocou a pedra a seu lado
e reparou que ela tinha perdido a cor e o brilho.
Precisava da luz e do sol,
precisava de aquecer, de acalmar,
de ouvir as árvores a conversar...
O ouriço deitou-se junto dela,
Não a queria deixar sozinha.
Secou-a da água,
limpou-a do lodo,
protegeu-a do frio.
Pouco a pouco a pedra voltou a brilhar
tornando-se ainda mais verde.
Então o ouriço-cacheiro percebeu:
- Ela gosta de mim !
Feliz e cansado adormeceu.
Ilustrações de Pedro Ferreira
1 comentário:
Muito bonita esta história! Vou contá-la aos meus meninos. Nós também temos um ouriço na nossa floresta, feito com pinhas pequeninas.
Beijinhos e milsorrisoscoloridos
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